Cartuns de Henfil no Catete e a placa apagada da praça da Candelária
Um passeio de alguns dias no Rio é sempre a oportunidade para vistas deslumbrantes e um pouco de história, encontro de memória e esquecimento.
O Palácio do Catete, que já foi de um nobre, de um empresário falido e, por fim, do governo, com o resgate de uma hipoteca pelo Banco do Brasil, está preservado como se Getúlio Vargas ainda lá habitasse. A mesa de reuniões na posição da última que presidiu, e a de jantar, posta para a última refeição.
Até o pijama presidencial, com a marca da bala que o tirou da vida para colocar na história está lá.
Dentro do Museu, uma belíssima exposição sobre as várias fases de nossa república, velha, nova e depois velha de novo.
Destaque para os cartuns de Henfil, o traço mais marcante da campanha da redemocratização. As fotos registram charges que tem mais de vinte anos, e ainda assim continuam extremamente atuais -a alergia ao povo e a degradação ecológica.
Tempo, tempo.
Dezoito anos se passaram desde a Chacina da Candelária. No meio da praça, ainda é possível ver uma cruz com os nomes dos mortos.
Mas a placa que registra o massacre já se apagou e está ininteligível, talvez a espera de outro desastre que a complete.
Os nomes da foto abaixo estão visíveis (na exposição no Catete): o que sumiram foram seus corpos.
Mas o STF insiste na tese de que a anistia aprovada durante o regime militar aproveita os seus próprios agentes, contra firme jurisprudência internacional. 45 anos depois é a Justiça do Estado Democrático de Direito que se põe à margem da lei.
Oiii Marcelo Adoreiii seu blogger e estou te seguindooo.. da uma passadinha no meu e se poder me segui desde ja agradeço..
http://amantesdodireito.blogspot.com
Bjoo
O Rio é um lugar de belezas indescritíveis, mas também um pedaço da história desse país, muitas vezes esquecida pelos próprios cariocas. Só achei muito mórbido o quarto de dormir do ex-presidente. Não gostei de lá não, passei bem rapidinho. E espero uma próxima visita!