Da marginalidade nunca se diz o que realmente é
A poesia hoje, na Seção Cultura Sem Juízo – as penas
da lei, vem do traço do futuro bacharel Éder Pires da Fonseca, quintanista
da Univem e também blogueiro (http://ederpfonseca.wordpress.com),
com inspiração em Brecht: “Do rio que tudo arrasta, diz-se que é
violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem”.
da lei, vem do traço do futuro bacharel Éder Pires da Fonseca, quintanista
da Univem e também blogueiro (http://ederpfonseca.wordpress.com),
com inspiração em Brecht: “Do rio que tudo arrasta, diz-se que é
violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem”.
DO DIREITO À ESQUERDA
Muitos dizem sobre a marginalidade,
mas da marginalidade quase nunca
se diz o que realmente é
Viver à margem, na margem,
à parte,
Do que se é
Apropriação, pichação,
confusão, resultado de soma
de números combinados
que não traduzem
a desapropriação que é
Viver à margem, na margem
Do que se é
Qual é o código, então
que traduz a prescrição
pra abrir, e não fechar
os dias que virão
Pra processar, não julgar
transformar carne e osso
em alma e paixão
Os estatutos que trazem os artigos
pra uma combinação pro sorrir
Quem sentenciará, condenará
O imperador, que aboliu o direito
de viver o que se quer
sem margem, do que se é.
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