….o que os poetas mortos podem ensinar aos juristas vivos….

 

direito e cinema - capa

 

A força da tradição. O valor das formalidades. A autoridade das regras. O interior de um rígido colégio interno é um bom ponto de partida para falar sobre…. Direito. Principalmente quando ele vem a ser sacudido pelo vigor transformador da liberdade. Quando os princípios pedem passagem por entre as regras. Quando o dogmatismo é cotejado com o valor supremo da dignidade humana.

É este choque entre tradição e liberdade, entre forma e conteúdo, entre ordem e pluralismo, regras e princípios, que vimos brotar em Sociedade dos Poetas Mortos e que nos ajuda a entender a dimensão do caminho transformador -ou submisso, embora jamais neutro- do Direito. nada melhor ilustra essa disputa que uma das primeiras aulas do professor John Keating (na magistral representação de Robin Willians).

Atentem para a cena: após pedir a um aluno que lesse as primeiras linhas da Introdução sobre a poesia, de J. Evans Pritchard, Keating o estimula a rasgar as páginas. A primeira, a segunda, enfim, toda a introdução do livro -Excremento, diz ele, sobre a poesia que se mede em gráficos pela combinação de perfeição x importância: não estou abrindo valetas… Os alunos hesitam até atender a ordem do professor. Alguns, então, rasgam com vontade, outros com desconfiança. Um deles chega a usar a régua para cortar delicadamente as páginas -mal-acostumado que está com a liberdade.

O simbolismo da trangressão é pouco …. Leia Mais.

poetas mortos - ilustração

 

[na versão PDF, no site Scribd]

 

O artigo é um dos capítulos do livro “Direito e Cinema: uma expansão dos horizontes jurídicos a partir da linguagem cinematográfica“, organizado por Ângela Barbosa Franco e Maria Antonieta Rigueira Leal Gurgel, publicado em 2016, pela Arraes Editora.

Comentários fechados.